Laudo preliminar diz que bebês não foram violentados

12 novembro

O diretor geral do Instituto de Polícia Científica (IPC) da Paraíba, Humberto Pontes, disse nesta sexta-feira (11) que o resultado do laudo conclusivo sobre a morte das meninas de 1 e 2 anos, em João Pessoa, está previsto para ser divulgado em 15 ou 20 dias. De acordo com os exames divulgados pelos hospitais que atenderam as crianças, elas teriam sido vítimas de violências sexual. Já o laudo preliminar do IPC descartou o abuso.
Segundo Humberto, o laudo preliminar do IPC não aponta que uma das crianças teria sido envenenada. “Não foi enviado nenhum laudo do IPC dizendo que houve envenenamento”, de acordo com o diretor geral, o exame feito apenas com a avaliação visual da perita que descartou o estupro.
A diretora do hospital onde uma das crianças foi internada disse que a menina estava com o abdômen agudo. “Ela estava com o abdômen distendido e cheio de ar e com sangue. Isso supõe houve espancamento ou abuso. Isto porque houve ruptura dos órgãos”, explicou a médica Oleida Almeida.
Já de acordo com a delegada Joana Darc, responsável pelo caso, uma perita da Gerência Executiva de Medicina e Odontologia Legal (Gemol) informou, por telefone, que descartava a possibilidade de estupro e apontava o envenenamento como causa da morte. A delegada explicou que outros exames serão realizados para tentar detectar substâncias no corpo das crianças.
Entenda o caso
De acordo com a delegada Joana Darc, da Infância e Juventude de João Pessoa, na tarde de quinta-feira (10), a mãe das crianças teria deixado as duas filhas com o pai em casa e, quando voltou, percebeu que a criança de dois anos estava gemendo e com hemorragia. Inicialmente ela levou a menina para um hospital no bairro Valentina Figueiredo.
Quando estava na unidade hospitalar, o pai chegou com a filha mais nova dizendo que ela se encontrava em estado similar ao da irmã. Em função da gravidade do estado de saúde, a menina de 2 anos foi transferida para o Trauma e a outra foi levada para o hospital particular. “Ele acompanhou as crianças e disse que elas tinha comido veneno e por isso estavam doentes”, disse Severino Rodrigues, avô das meninas.
O pai das crianças foi ouvido na delegacia e após passar por exames no IPC foi liberado.
Envenenamento
O diretor do IPC, Humberto Lopes, explicou que as vísceras das meninas foram encaminhadas para um laboratório que irá realizar os exames para saber se elas foram vítimas de envenenamento. Durante o depoimento do pai, que anteriormente havia sido apontado como suspeito do possível abuso sexual, as crianças teriam sido envenenadas.
“A família trouxe duas plantas que tinha em casa e poderia ter provocado a morte das crianças. São as plantas comigo-ninguém-pode e pião-roxo”, afirmou a delegada. Humberto Lopes disse que a ingestão dessas plantas poderiam levar a morte. “Como se trata de uma criança pode levar a morte. Não estou dizendo que tenha sido isso porque dependemos dos resultados dos exames que determinam a causa morte”.
Outra filha
A terceira filha do casal, uma menina de 3 anos, estava na creche no momento que as irmãs passaram mal. A delegada Joana Darc para orientou a família para encaminhar a criança até o Instituto de Polícia Científica para passar pelo exame de corpo de delito. De acordo com o diretor do IPC, Humberto Lopes, até às 17h (horário local) desta sexta-feira os familiares não haviam ido até o Instituto com a criança de 3 anos.

Jornal da Paraíba

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