Nada do que foi será: RC estuda mudanças na Receita após greve do Fisco
EXCLUSIVO - Nenhum conflito no governo Ricardo Coutinho acaba quando termina. Ao final da greve ou do impasse é que sobrevém a verdadeira alteração. Tudo na vida, sejam os erros ou os acertos, devem servir de lição para o que virá pela frente.
E para o governador Ricardo Coutinho essa parece ser a tônica principal de seu modo de governar: como ensina a música, nada do que foi será do jeito que já foi um dia.
Os conflitos tem forçado o governador a refletir sobre meios e caminhos que tirem o Estado, seja ele governador por quem quer que seja, das mãos das categorias em questão.
Foi assim quando entrou na queda de braço com os médicos. Desde o início até o fim do impasse, Ricardo Coutinho amadureceu uma ideia e a colocou, meses depois, em prática. A convocação da Cruz Vermelha para gerir o Trauma em João Pessoa foi gestada no momento em que Ricardo se viu refém dos médicos do hospital.
Não será diferente com o Fisco. Diante do abalo na arrecadação, na retenção de mercadorias, nos prejuízos no comércio por causa de uma paralisação de quase 50 dias, o governador descobriu que o Poder Executivo não pode mais ficar nas mãos dos agentes fiscais, como se a categoria fosse o único pulmão da Paraíba.
Não é à toa que o blog descobriu que o governador Ricardo Coutinho está estudando meios para alterar a atuação da Receita na Paraíba, assegurando ao Poder Executivo, esteja ele nas mãos de quem estiver, menos dependência em casos como o de uma greve geral do Fisco.
Essa mudança de concepção provoca – e provocará – insatisfeitos, críticas e ataques. Ricardo parece não se importar. Ao quebrar paradigmas, ele não espera elogios. Espera mais autonomia para o Poder Executivo.
Coisa que os futuros governadores, ao menos, não podem reclamar.
Luís Tôrres
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