MP diz que acusação é 'muito frágil' e não denuncia Marcelinho Paraíba

20 setembro

Um novo capítulo no polêmico caso do suposto estupro envolvendo o jogador Marcelinho Paraíba, atualmente no Grêmio Barueri, aconteceu na manhã desta quarta-feira em Campina Grande. A novidade é que o Ministério Público da Paraíba (MPPB) decidiu não apresentar denúncia a partir do inquérito da Polícia Civil em que o atleta de 37 anos é acusado de tentar estuprar uma mulher durante uma festa realizada no final do mês de novembro do ano passado, numa granja de sua propriedade, em Campina Grande. 
Segundo o promotor Marcos Leite, responsável pelo caso, a acusação de estupro seria muito frágil, já que, para ser caracterizado como crime sexual, o beijo lascivo, que é o nome utilizado para definir o ato do qual Marcelinho está sendo acusado, teria que ter fundamentações mais fortes do que apenas o testemunho da suposta vítima, fato que não aconteceu, segundo o promotor. - Em alguns casos, o beijo lascivo pode ser caracterizado como estupro, desde que apresente indícios de violência e um indício que o acusado queria concretizar o ato sexual. Nessa situação, envolvendo o jogador Marcelinho, o inquérito apresenta apenas o depoimento da vítima, mas nenhuma das outras testemunhas confirma a acusação. Por isso, eu não julguei que pudesse ter havido tentativa de estupro, porque foi apenas um beijo. É muito frágil acusar por essa motivação - comentou Marcos Leite. 
Agora, o promotor vai fazer o requerimento para que a 5ª Vara Cível de Campina Grande remeta o inquérito que foi comandado pela delegada Herta França, da Delegacia da Mulher, para o Juizado Especial Criminal (JECrim), que vai ficar responsável pelos próximos passos do processo judicial. Entenda o caso No final de novembro do ano passado, Marcelinho Paraíba foi preso ao lado de mais três amigos: João Crivaldo da Silva, Leandro Silva e Wellington Porto da Silva. Além da acusação de estupro que pesa contra Marcelinho, os quatro ainda foram enquadrados na acusação de desacato à autoridade policial e resistência à prisão. 
O grupo participava de uma festa em Campina Grande, terra natal do jogador, para comemorar a boa campanha de Marcelinho Paraíba na Série B de 2011. Ele marcou 12 gols pelo Sport e foi peça determinante para o acesso do clube à Série A. Por volta das 4h30, Marcelinho teria tentado beijar a força a vítima. Ela é irmã do também delegado de Polícia Civil Rodrigo Pinheiro. Os advogados do jogador confirmam a tentativa de beijo, mas disseram que o atleta não passou disto. O irmão da vítima, no entanto, foi quem chamou a polícia e formulou a acusação, diz que Marcelinho Paraíba passou para a agressão diante da recusa da mulher em beijá-lo. Ele teria puxado o cabelo dela e a mordido. O irmão, que também vai responder a processo sob a acusação de ter feito disparos dentro da casa do jogador, diz ainda que ele tentou estuprá-la. Globo Esporte

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