MP diz que acusação é 'muito frágil' e não denuncia Marcelinho Paraíba
Um
novo capítulo no polêmico caso do suposto estupro envolvendo o jogador
Marcelinho Paraíba, atualmente no Grêmio Barueri, aconteceu na manhã
desta quarta-feira em Campina Grande. A novidade é que o Ministério
Público da Paraíba (MPPB) decidiu não apresentar denúncia a partir do
inquérito da Polícia Civil em que o atleta de 37 anos é acusado de
tentar estuprar uma mulher durante uma festa realizada no final do mês
de novembro do ano passado, numa granja de sua propriedade, em Campina
Grande.
Segundo
o promotor Marcos Leite, responsável pelo caso, a acusação de estupro
seria muito frágil, já que, para ser caracterizado como crime sexual, o
beijo lascivo, que é o nome utilizado para definir o ato do qual
Marcelinho está sendo acusado, teria que ter fundamentações mais fortes
do que apenas o testemunho da suposta vítima, fato que não aconteceu,
segundo o promotor.
- Em alguns casos, o beijo lascivo pode ser caracterizado como estupro,
desde que apresente indícios de violência e um indício que o acusado
queria concretizar o ato sexual. Nessa situação, envolvendo o jogador
Marcelinho, o inquérito apresenta apenas o depoimento da vítima, mas
nenhuma das outras testemunhas confirma a acusação. Por isso, eu não
julguei que pudesse ter havido tentativa de estupro, porque foi apenas
um beijo. É muito frágil acusar por essa motivação - comentou Marcos
Leite.
Agora,
o promotor vai fazer o requerimento para que a 5ª Vara Cível de Campina
Grande remeta o inquérito que foi comandado pela delegada Herta França,
da Delegacia da Mulher, para o Juizado Especial Criminal (JECrim), que
vai ficar responsável pelos próximos passos do processo judicial.
Entenda o caso
No final de novembro do ano passado, Marcelinho Paraíba foi preso ao
lado de mais três amigos: João Crivaldo da Silva, Leandro Silva e
Wellington Porto da Silva. Além da acusação de estupro que pesa contra
Marcelinho, os quatro ainda foram enquadrados na acusação de desacato à
autoridade policial e resistência à prisão.
O
grupo participava de uma festa em Campina Grande, terra natal do
jogador, para comemorar a boa campanha de Marcelinho Paraíba na Série B
de 2011. Ele marcou 12 gols pelo Sport e foi peça determinante para o
acesso do clube à Série A.
Por volta das 4h30, Marcelinho teria tentado beijar a força a vítima.
Ela é irmã do também delegado de Polícia Civil Rodrigo Pinheiro. Os
advogados do jogador confirmam a tentativa de beijo, mas disseram que o
atleta não passou disto.
O irmão da vítima, no entanto, foi quem chamou a polícia e formulou a
acusação, diz que Marcelinho Paraíba passou para a agressão diante da
recusa da mulher em beijá-lo. Ele teria puxado o cabelo dela e a
mordido. O irmão, que também vai responder a processo sob a acusação de
ter feito disparos dentro da casa do jogador, diz ainda que ele tentou
estuprá-la.
Globo Esporte
Nenhum comentário: