Mais um crime que chocou o país.
‘Sempre tratou muito bem as filhas’, diz pai sobre ex suspeita de mortes das filhas adolescentes. O ex-marido, que viveu durante oito anos com a suspeita, disse à polícia que Mary “se apresentava uma pessoa normal que não fazia uso de nenhum tipo de medicamento"
O pai das irmãs Giovanna, de 14 anos, e
Paola Knorr Victorazzo, de 13, afirmou à Polícia Civil de São Paulo que a
ex-mulher, mãe das adolescentes e principal suspeita de assassiná-las,
“sempre tratou muito bem as filhas”. A investigação trabalha com a
hipótese de que ela tenha tido algum surto psicótico, desencadeado por
problemas com as filhas ou dificuldades financeiras.
A declaração do empresário Marco Antonio
Victorazzo, de 59, sobre a comerciante Mary Vieira Knorr, de 53, foi
dada no sábado (14), quando ela foi presa em flagrante após confessar os
crimes.
Os corpos das vítimas foram encontrados
por policiais militares na casa onde todas moravam juntas, no Butantã,
Zona Oeste da capital. A suspeita é que elas tenham sido asfixiadas. Um
cachorro de pequeno porte também foi localizado morto na casa, com um
saco na cabeça. Ainda não foi esclarecido o que motivou todas as mortes.
O ex-marido, que viveu durante oito anos
com a suspeita, disse à polícia que Mary “se apresentava uma pessoa
normal que não fazia uso de nenhum tipo de medicamento, inclusive
atualmente também desconhece que a mesma esteja fazendo uso de
medicamentos”.
Victorazzo também disse que desconhecia
que ela estivesse “passando por algum tipo de problema, sendo que sempre
tratou muito bem as filhas”.
O G1 não conseguiu localizar o pai das
estudantes nesta terça-feira (17) para comentar o assunto. Por telefone,
o advogado de Marcos, José Paulo Arruda, disse que, por enquanto, o
comerciante não vai se manifestar sobre o assunto porque ainda está
muito abalado com o que ocorreu com suas filhas.
“Ele falou para mim que ficou chocado e
surpreso, que jamais esperava isso da mãe das meninas”, disse o defensor
sobre seu cliente. “A guarda delas ficava com a mãe, mas ele as via a
cada 20 dias, quando saíam para pescar. Além disso pagava pensão para as
meninas.”
De acordo com o delegado Gilmar Pasquini
Contrera, o pai de Giovanna e Paola terá de ser ouvido novamente na
condição de testemunha num depoimento formal. “O que ele falou para nós
foi um termo de declarações durante o auto de prisão da ex”, disse o
delegado do 14º DP. “Precisamos saber mais detalhes sobre a suspeita.”
Fonte: G1-Portal25horas
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