Justiça acata recurso da Telesfree.

15 outubro

Justiça do Acre acata Recurso Especial da Telexfree. Processo agora será analisado pelo STJ: por Michele Marques

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Nessa segunda-feira (14), o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) aceitou um Recurso Especial movido pela empresa Ympactus Comercial (Telexfree) contra a suspensão dos pagamentos e novas adesões a plataforma em todo o país. Processo agora será analisado pelo Superior Tribunal de Justiça.
A desembargadora Cezarinete Angelim, vice-presidente do TJ-AC, acatou o argumento apresentado pela empresa, conforme aponta a defesa, a suspensão dos pagamentos e novas adesões não poderia valer para todo o país, apenas para o estado do Acre.
O artigo citado tanto pela defesa quanto pela desembargadora em sua decisão, prevê que “a sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da competência territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova”.
A desembargadora também aceitou o questionamento em relação à legitimidade do MP-AC para mover a Ação Civil Pública. No último dia 4 de outubro, a juíza Thaís Khalil, da 2ª Vara Cível de Rio Branco, afastou relação de consumo entre os divulgadores da Telexfree e a empresa.
O representante da Ympactus afirma que por não se tratar de relação de consumo, a Promotoria não tem legitimidade para mover a ação.
Histórico
O imbróglio judicial começou no último mês de junho, quando a 2ª Vara Cível de Rio Branco suspendeu pagamentos e novas adesões da Telexfree, em decisão válida em todo país, sob pena de multa de R$ 500 mil.
O negócio se apresenta como uma plataforma de divulgação e venda de pacotes de telefonia pela internet (Voip). Segundo a denúncia do Ministério Público do Acre, não há venda real de produtos e o esquema se sustenta com dinheiro de novos participantes, caracterizando uma pirâmide financeira, o que é proibido. A empresa nega a ilegalidade e afirma que suas atividades não configuram pirâmide financeira, mas “marketing de rede”.
Com ativos bloqueados pela Justiça do Acre desde junho, a Ympactus entrou com pedido de recuperação judicial em 19 de setembro na Vara de Recuperação Empresarial e Falência de Vitória, onde a empresa está sediada. O pedido foi negado pelo juiz Bráz Aristóteles dos Reis em 23 de setembro.

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