Justiça nega fiança a ativista brasileira
Justiça russa nega fiança a ativista brasileira do Greenpeace.
"Brasileira teve que acompanhar a audiência da cela"
Greenpeace/Divulgação
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A
Justiça russa negou, nesta quinta-feira, 24, que a bióloga brasileira
Ana Paula Maciel, de 31 anos, pudesse pagar fiança e responder em
liberdade, por meio do pagamento de fiança, ao inquérito aberto contra
30 ativistas que protestaram em uma plataforma de exploração de petróleo
no Ártico da empresa russa Gazprom, no dia 18 de setembro. De acordo
com o Greenpeace, que divulgou as informações nesta manhã, a audiência,
na cidade de Murmansk, cerca de quatro horas e começou pouco depois das
4h (horário de Brasília).
Os
outros 29 presos também tiveram os pedidos de fiança negados, segundo o
Greenpeace. O grupo está em prisão preventiva desde 19 de setembro e
assim se manterá até, pelo menos, 24 de novembro, quando a prisão pode
ser ou não renovada.
O
advogado de Ana Paula também solicitou que ela acompanhasse a audiência
fora da cela, mas o juiz deu razão ao promotor do caso e negou o
pedido, informa a ONG.
De
acordo com o Ministério das Relações Exteriores, uma carta do
embaixador do Brasil na Rússia, Fernando Barreto, foi usada na
argumentação do defensor. No documento, o diplomata pede que a
brasileira responda ao processo em liberadade, se responsabiliza pela
colaboração da bióloga durante as investigações e garante seu
comparecimento aos tribunais sempre que solicitado.
A
assessoria de imprensa do Itamaraty informa que a diplomacia brasileira
aguarda o términio das investigações e não prentende realizar nenhuma
outra intervenção no momento. O Itamaraty afirma ainda que a ativista
conta com assistência para se comunicar com a família no Brasil e possui
intérprete para auxiliá-la na Rússia.
Acusação.
Nessa quarta-feira, 23, a Rússia retirou a acusação de pirataria contra
os 30 ativistas envolvidos no protesto no Ártico e a substituiu por uma
acusação menos grave: de "hooliganismo". A informação foi divulgada
pela agência de notícias Itar-Tass.
A
pena para a pirataria é de 15 anos de prisão. Já a de "hooliganismo",
equivalente a vandalismo, seria de sete anos. Dos 30 presos, 28 são
ativistas e dois, jornalistas.
Libertação.
A Rússia também anunciou nessa quarta que rechaça a arbitragem do
Tribunal Internacional de Direito do Mar pedida pela Holanda para
libertar os ativistas presos no Ártico. O barco invadido tinha bandeira
holandesa e estava em águas internacionais.
Fonte: Estadão (Com agências internacionais)
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