Fim do Miler? Será...?
Veículo mais vendido no país, Uno Mile será extinto em 2014
Sem adaptação, Uno Mile, um dos veículos mais vendidos no país, deixará de ser produzido para o mercado brasileiro
Os air bags e os freios ABS serão obrigatórios
nos automóveis produzidos no país a partir do próximo ano, disse há
pouco o ministro da Fazenda, Guido Mantega, depois de reunião com
representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos
Automotores (Anfavea), metalúrgicos e o ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. O encontro demorou
cerca de duas horas e levou em conta o impacto dos novos itens de
segurança sobre o desemprego. Na semana passada, o governo tinha
indicado que poderia adiar a exigência.
De acordo com o ministro, o governo estudará a criação de uma
exceção para os veículos do tipo Kombi, que não tem similar no mercado e
será extinta com a introdução dos novos itens. “Não houve resistência
das montadoras
em criar um waiver [perdão] para as Kombis porque o produto não tem
concorrência. [A Kombi] não é caminhonete, não é automóvel. Não é
veículo. É um produto diferente, sem similar”, explicou.
Segundo Mantega, a Fiat pediu que os veículos do modelo Mille
também fossem isentos da exigência, mas não houve concordância das
outras empresas porque o modelo tem similares produzidos por outras montadoras no país. Com a introdução dos air bags e do freio ABS, o veículo terá a fabricação extinta no próximo ano.
O ministro ressaltou que a obrigatoriedade dos itens de
segurança preocupou o governo não tanto por causa do impacto nos preços
dos veículos, que aumentarão de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil, mas por causa do
impacto no emprego.
De acordo com os sindicalistas presentes na reunião, os itens de
segurança poderão provocar de 10 mil a 15 mil demissões por causa da
extinção das linhas de produção de determinados modelos e o impacto
sobre o setor de autopeças.
De acordo com o ministro da Fazenda, o governo pediu um
compromisso das montadoras para mudarem os empregados de setor e evitar o
máximo possível as demissões. Um grupo de estudo entre representantes
das montadoras e do governo analisará a possibilidade de os postos de
trabalho serem preservados.
Agência Brasil
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