Ossada de criança tem 3.500 anos diz Arqueólogos.

28 março
ossada

Arqueólogas acham ossada de criança de 3.500 anos no Piauí.

Com 129 mil hectares, o Parque Nacionalda Serra da Capivara no Piauí reúne a maior quantidade de sítios pré-históricos do continente americano e o maior número de pinturas rupestres do mundo. Recentemente, pesquisadores da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham) encontraram um cemitério com 12 ossadas humanas com cerca de 3.500 anos em um dos cerca de 800 sítios arqueológicos do Parque, distante 540 quilômetros de Teresina. Os corpos foram enterrados em urnas funerárias e sepulturas simples, sendo que a maioria das ossadas pertence a crianças, segundo a arqueóloga Tânia Santana.
O início da descoberta se deu em março de 2013 quando um grupo de arqueólogos estava preparando mais 10 sítios para visitação, quando se depararam com indícios da primeira ossada, a de um menino que tinha aproximadamente um ano quando foi enterrado.“Deixamos a Toca do Gongo 3 (local onde foi achado o cemitério) por último já imaginando que lá encontraríamos algo mais interessante, visto que o trabalho realizado na década de 1970 na Gongo 1 já tinha histórico de enterrados. Primeiro encontramos o esqueleto de uma criança e depois mais quatro ossadas. Fizemos uma escavação em laboratório e agora estamos com os restos desse menino. Terminado ele, ainda temos mais seis para escavar”, relatou Tânia Santana.
As outras seis ossadas estão em urnas funerárias e serão trabalhadas em laboratório. A expectativa é encontrar mais enterramentos na Gongo 3. “Encontramos 12 sepulturas em uma área de 11 metros de cumprimento por quatro metros de largura. Ainda temos 39 metros para serem explorados e acredito que vamos achar mais. Paramos a escavação lá por enquanto, pois já temos muita coisa para trabalhar em laboratório”, afirmou a arqueóloga dizendo ainda que o trabalho em laboratório deve durar pelo menos mais seis meses.

A descoberta desse cemitério gera repercussão, pois são poucos os registros de sepulturas na Serra da Capivara. Com o novo material coletado, os pesquisadores poderão realizar trabalhos comparativos com dados colhidos em outros sítios arqueológicos e assim descobrir se aquele grupo enterrado é o mesmo que viveu em outras regiões do parque.
G1

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