Deputado hostiliza Xuxa e ela responde com um coração.

22 maio

Deputado evangélico hostiliza Xuxa em comissão da Câmara e ela responde com coração.

A apresentadora participou de uma cerimônia para sancionar a lei que torna hediondo o crime de exploração sexual de crianças.

Xuxa
A sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara na manhã desta quarta-feira, 21, foi marcada por bate-boca entre parlamentares. O deputado Pastor Eurico (PSB-PE) chegou a hostilizar e constranger a apresentadora Xuxa Meneghel, que realizava agenda na Casa. A apresentadora participou de uma cerimônia para sancionar a lei que torna hediondo o crime de exploração sexual de crianças.
A reunião foi tumultuada do início ao fim porque os deputados discutiam a redação final da chamada “Lei da Palmada”, que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e proíbe a aplicação de castigos físicos a crianças e adolescentes. A bancada evangélica é ferrenha opositora da matéria – que aguarda votação no colegiado há dois anos – e tentava evitar que ela fosse concluída.
Quando Xuxa chegou para acompanhar a sessão, ao lado da ministra dos Diretos Humanos, Ideli Salvatti, o clima tenso na reunião já havia provocado interrupção dos trabalhos. Quando evangélicos cobravam do presidente em exercício, Luiz Couto (PT-PE), o encerramento da sessão, o deputado Pastor Eurico hostilizou a apresentadora e disse que sua presença era “um desrespeito às famílias do Brasil”. “A conhecida Rainha dos Baixinhos, que no ano de 82 provocou a maior violência contra as crianças”, disse, referindo-se ao filme Amor Estranho Amor, daquele ano, em que Xuxa aparece numa cena de sexo com um adolescente de 12 anos.
A declaração do Pastor Eurico gerou repúdio entre a maior parte dos deputados presentes, até mesmo de parlamentares que questionavam o projeto, que classificaram a fala de “violência inaceitável”. A apresentadora não se manifestou e, depois de encerrada a sessão, deixou a comissão sem comentar o assunto.
Por causa da declaração, o líder do PSB na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), destituiu seu correligionário Pastor Eurico da Comissão de Constituição e Justiça.
A fala, no entanto, ajudou a conturbar ainda mais a sessão, que acabou finalizada sem que o projeto fosse votado. Como tramita em caráter conclusivo e já foi aprovada por uma Comissão Especial, a chamada “Lei da Palmada” seguirá diretamente para o Senado quando aprovada pela CCJ.
Portal25horas

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