A cada seis horas, uma pessoa é assassinada na PB

12 novembro

A cada seis horas, uma pessoa é assassinada no Estado da Paraíba. Confira.

A cada seis horas, uma pessoa é assassinada na Paraíba. Somente em 2013, foram registradas no Estado 1.537 mortes violentas, incluindo homicídios dolosos – com intenção de matar –, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados ontem, e trazem estatísticas nacionais que mostram, ainda, que a Paraíba está entre os três primeiros Estados do país quando o quesito é a 'violência armada'.

Apesar de altos, os números ainda apresentam uma retração quando comparados com 2012, ano em que foram registradas três mortes a menos, 1.540. Com o passar dos anos, se observou, na pesquisa, um aumento significativo quando o assunto é morte violenta na Paraíba. Conforme o estudo, em 2009 a Paraíba registrou 1.209 mortes violentas. Em 2010 esse número subiu para 1.460, alcançando o seu pico em 2011, quando 1.667 pessoas morreram de forma violenta no Estado.

Das mortes violentas registradas em 2013, 1.514 foram homicídios dolosos, 19 latrocínios e quatro lesões corporais seguidas de morte. Ainda dentro das estatísticas de mortes, porém não registradas dentro dos chamados Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), estão as mortes por agressões. Somente em 2013, foram registradas 1.545 mortes deste tipo no Estado, dado pouco maior que o do ano anterior, quando 1.528 pessoas foram assassinadas dessa forma.

Um dos casos que fazem parte dessa estatística é o do menino Lucas Pereira da Silva, de 11 anos. Ele foi encontrado morto em junho de 2013, com sinais de violência, em um sítio da zona rural de São Sebastião de Lagoa de Roça. O corpo já estava em avançado estado de decomposição quando foi localizado e, nele, as marcas da violência podiam ser vistas por meio de perfuração, sinais de estrangulamento e, ainda, um dos seus pés amputado.

Segundo a polícia, a principal suspeita de ter cometido o crime teria sido a sua própria mãe.

Conforme o delegado-geral adjunto da Polícia Civil da Paraíba, Isaías Gualberto, a Paraíba vem se destacando no combate aos homicídios, ao contrário de Estados vizinhos, como Ceará e Rio Grande do Norte.

“Há um trabalho muito incisivo, principalmente com apreensão de armas, melhoria das investigações de inquéritos de homicídios, desarticulação de quadrilhas e apreensão de drogas”, comentou, acrescentando que o número de prisões pela Delegacia de Homicídios, na capital, chegou a 300 neste ano.

A reportagem entrou em contato com o secretário de Estado da Segurança e da Defesa Social, Cláudio Lima, para que ele analisasse os dados do anuário. Por meio da assessoria de comunicação, ele enalteceu a atividade da polícia e programas do governo relacionados aos CVLIs.

“O Programa Paraíba Unida Pela Paz consiste em pensar a Segurança como política pública, que vai desde a integração das polícias até a capacitação dos operadores de segurança, divisão de áreas integradas, além de investimentos em inteligência policial”, explicou o secretário, em material enviado pela assessoria.

Por sua vez, a Polícia Militar do Estado da Paraíba (PMPB) informou, através da coordenadoria de comunicação, que por se tratar de um estudo referente a toda segurança pública da Paraíba, não poderia avaliar os resultados do anuário.


com jornaldaparaiba

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