COM PLACAR APERTADO, CÂMARA APROVA TEXTO-BASE QUE ALTERA SEGURO-DESEMPREGO

07 maio
Sindicalistas jogam dinheiro falso na Câmara dos Deputados: ato levou sessão a ser suspensa. Foto: IG
Foi aprovado no Plenário da Câmara o texto-base da Medida Provisória 665/14, que faz mudanças no seguro-desemprego e no abono salarial. A MP é a primeira de um conjunto de medidas que o governo busca aprovar para promover o ajuste fiscal.
O texto foi aprovado por 252 votos favoráveis contra 227 votos contrários e 1 abstensão. Por acordo, os destaques serão apreciados nesta quinta-feira (7). Foi a condição para que a oposição retirasse a obstrução à votação. Após a conclusão da votação dos destaques, o texto seguirá para o Senado.
Antes da votação, o governo buscou mais uma vez apaziguar os ânimos dentro do PT. A bancada fez uma reunião no início da tarde desta quarta-feira (6) para, mais uma vez, tentar debelar focos de resistência à MP 665/14. Ao final da reunião, o partido emitiu nota na qual registrou fechamento de questão sobre a votação da MP 665/14 e também da MP 664/14, outra que faz parte do ajuste.
A votação foi tensa e o governo teve de lidar em todas as etapas da apreciação no Plenário com a obstrução da oposição. O obstáculo só foi transposto depois do acordo para votação do texto-base. Também foi necessário azeitar a votação com o PMDB, que ameaçou não votar o texto. O partido só mudou de posição depois de articulação da liderança do governo e fechamento de questão do PT.
Ao longo da votação, manifestantes da Força Sindical protestaram contra a tramitação da proposta com gritos e cantos provocativos, endereçados sobretudo a petistas. Um grupo da CUT (Central Única dos Trabalhadores), central sindical ligada ao PT, também marcou presença, mas protestou de forma silenciosa contra a MP 665/14. Ambos acabaram expulsos das galerias depois que o grupo da Força jogou objetos e notas de dinheiro falso no Plenário.
As votações das MPs do ajuste fiscal são consideradas as mais importantes do ano pelo governo. Caso não sejam aprovadas, há a possibilidade de que o Brasil perca o chamado grau de investimento, concedido por agências de classificação de risco. Além de obter empréstimos no exterior com juros mais baixos, ele é condição fundamental para que alguns fundos internacionais invistam capital no País.

IG

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