Bolsonaro define idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres

14 fevereiro
O presidente Jair Bolsonaro bateu o martelo sobre a idade mínima de aposentadoria da reforma da Previdência que será encaminhada pelo governo. Será de 65 anos para homens e 62 para mulheres, após um período de transição de 12 anos. A informação foi confirmada pelo secretário especial de Previdência, Rogério Marinho, após uma reunião com Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes , e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Marinho informou ainda que o texto será assinado pelo presidente na próxima quarta-feira, dia 20, e encaminhado à Câmara dos Deputados.


Segundo Marinho, a proposta final é resultado de uma negociação entre a equipe econômica, que queria 65 anos para ambos os sexos, e Bolsonaro, que defendia uma solução mais branda, de 65 anos para homens e 60 para mulheres.

— A equipe econômica defendeu para ele 65 anos iguais para os dois gêneros e uma transição de dez anos. Essa era a ideia da equipe. Após uma negociação com o presidente o resultado é 65 para homens e 62 para mulheres, e uma transição de 12 anos. Na quarta-feira, dia 20 de fevereiro, o presidente fará um pronunciamento à nação explicando de que forma essa nova Previdência será encaminhada ao Congresso — disse Marinho, na saída do Palácio da Alvorada.

Segundo ele, a distinção de idade mínima entre homens e mulheres foi um pedido do presidente.

— O presidente defendia 65 e 60 anos e uma transição bem mais longa. O presidente tem sensibilidade. Ele acha importante que a mulher se aposente com menos tempo de contribuição e trabalho que o homem e conseguimos encurtar um pouco essa transição — afirmou Marinho.

Questionado sobre qual seria a economia garantida com o modelo final do texto, Marinho não respondeu. Jornalistas lembraram que o ministro da Economia, Paulo Guedes, havia estimado algo em torno de R$ 1 trilhão em dez anos. Sobre isso, Marinho apenas desconversou:

— Se ele falou… – disse o secretário.

Perguntado se a crise envolvendo o ministro-chefe da Secretaria Geral da Previdência, Gustavo Bebianno, afetaria a tramitação da Previdência, Marinho disse que “o Brasil não pode parar”.

— Estamos tratando da Previdência e o Brasil não pode parar — disse Marinho.

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.