Pura Covardia! Paraiba é o estado onde se mata mais gays no Brasil, denuncia MEL

13 fevereiro

Um relatório divulgado no ano passado, pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), colocou a Paraíba no top do ranking de crimes praticados contra homossexuais no Brasil - No ano passado, na Paraíba, foram registrados 21 assassinatos contra homossexuais. Os dados são do Movimento do Espírito Lilás (MEL), entidade que luta pelos direitos dos gays, lésbicas e travestis. Praticamente todos os crimes – ocorridos em oito cidades do Estado - continuam impunes. Entre os assassinatos está o de um travesti de 24 anos, morto com mais de 30 facadas, em abril, no município de Campina Grande. Câmeras de segurança da Superintendência de Trânsito da cidade registraram a ação dos criminosos, identificados dias depois. O motivo do homicídio teria sido um impasse sobre o valor do programa cobrado pelo travesti.
Já em agosto, o estudante Marx Nunes, 25 anos, foi morto ao tentar defender um homossexual, durante a realização de uma festa, na cidade de Cabedelo, região metropolitana de João Pessoa. Na tentativa de apaziguar uma agressão contra os gays, o estudante foi atingido com um tiro no pescoço e morreu.
O homossexual identificado como Cícero Santos Dias, 38, foi assassinado com 25 facadas no início da manhã deste domingo (12), em João Pessoa (PB). O companheiro dele também saiu ferido e foi socorrido ao Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena. Até que a autoria do crime seja desvendada, o companheiro da vítima ficará sob custódia. A polícia quer saber se ele tem ou não envolvimento no homicídio e se o crime foi praticado por homofobia (aversão a homossexuais).
Conforme informações da Polícia Militar, Cícero estava em casa quando foi morto. Ele morava em uma comunidade localizada em um bairro da periferia de João Pessoa. Na casa de Cícero, foram encontrados cachimbos usados para o consumo de crack. Vizinhos da vítima disseram que ouviram tiros e gritos, mas não souberam dar mais detalhes à polícia.
De acordo com o presidente da entidade, Renan Palmeira, estes números comprovam uma realidade cruel na Paraíba. “O preconceito e a discriminação por identidade de gênero ou por orientação sexual diferenciada da heterossexualidade, produz para a comunidade LGBT diversas repressões culminando com assassinatos brutais”, disse Renan.
Ele ainda cobra que o estado da Paraíba crie políticas públicas de combate a homofobia e lamenta que até esse momento o governo estadual pouco tem feito para coibir o preconceito homofóbico no estado.
O MEL solicita que o poder público amplie as delegacias especializadas em combate a homofobia em todas as regiões do Estado da Paraíba. “Também solicitamos o funcionamento da Delegacia Especializada em Combate a Homofobia de João Pessoa no turno da madrugada e da noite, onde a população LGBT esta mais vulnerável, e que a secretária de segurança crie um banco de dados institucional para controlar os números de assassinato contra a população LGBT”, finaliza Renan, que cobra cursos de capacitação dos profissionais de segurança, para poder tratar com as vitimas de homofobia.

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