Demóstenes Torres é cassado e está inelegível até fevereiro de 2027
Por
56 votos a favor, 19 contra e 5 abstenções, o plenário do Senado
decidiu pela cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (sem
partido-GO) por quebra de decoro parlamentar.
Ele
foi considerado culpado da acusação de envolvimento com o esquema de
Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, atualmente preso na
penitenciária da Papuda. Relatórios da Polícia Federal apontam Cachoeira
como chefe de um esquema de corrupção, tráfico de influência e jogos
ilegais.
Com
a decisão do Senado, Demóstenes Torres ficará inelegível por oito anos
contados a partir do fim do mandato (fevereiro de 2019). Assim, só
poderá concorrer a um cargo político a partir das eleições de 2028.
O
resultado foi anunciado pelo Senador José Sarney, 4 minutos após
iniciada a votação do projeto de resolução (PRS 22/2012) que determinou a
cassação do mandato do parlamentar goiano.
Na
sessão, que começou por volta de 10h, o autor da representação contra o
parlamentar, senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP); e os relatores do
processo no Conselho de Ética, Humberto Costa (PT-PE) e na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Pedro Taques (PDT-MT),
reiteraram os argumentos pela cassação do mandato de Demóstenes.
Também
usaram a tribuna 5 senadores que condenaram o uso das prerrogativas
parlamentares indevidamente e a impunidade e defenderam o fim do voto
secreto em processos de cassação de mandado.
Como
os líderes partidários decidiram, no início da sessão, aumentar o tempo
de manifestação da defesa e da acusação, o advogado Antonio Carlos de
Almeida Castro (Kakai) e Demóstenes Torres dividiram o tempo assegurado à
defesa, mantendo o argumento usado pelo senador no Conselho de Ética,
na CCJ e no plenário, nos últimos dias, de que o processo se baseia em
escutas ilegais.
Agência Senado
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