Professores da UFPB rejeitam proposta do governo e continuam em greve
Os professores da Universidade Federal da ParaĆba (UFPB), em
greve desde o dia 17 de maio, rejeitaram a proposta do governo,
apresentada na última sexta-feira (13) e continuarão em greve
Os professores da Universidade Federal
da ParaĆba (UFPB), em greve desde o dia 17 de maio, rejeitaram a
proposta do governo, apresentada na Ćŗltima sexta-feira (13) e
continuarão em greve. A assembleia foi realizada na manhã desta
quinta-feira (19) no auditório da Reitoria.
O resultado do debate serĆ” encaminhado
ao Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das InstituiƧƵes de Ensino
Superior) para compor a anƔlise final da entidade a respeito do
documento. Nacionalmente, todas as sessƵes filiadas ao Sindicato
Nacional farão assembleias locais até esta sexta-feira (20). Uma nova
reunião com o governo serÔ realizada na segunda-feira (23).
De acordo com anƔlise do Comando
Nacional de Greve, a proposta do governo federal sequer recompƵe as
perdas inflacionƔrias dos salƔrios de grande parte da categoria. Os
valores nominais contidos na tabela tomam como base os salƔrios de julho
de 2010 e projeta, tambƩm em valores nominais, o que seria o resultado
em 2015, omitindo toda a corrosĆ£o inflacionĆ”ria do perĆodo, superior a
35%, de acordo com os cÔlculos do Comando, tomando como referência o
ICV/Dieese, e uma projeção futura com base na média dos últimos 30
meses.
Desta forma, são cinco anos de inflação
que foram desconsiderados pelos ministros Miriam Belchior e Aloizio
Mercadante ao noticiar em entrevista coletiva, na sexta (13), que os
docentes teriam atƩ 45,1 % de reajuste.
AlƩm disso, o reajuste inclui os 4% do
acordo assinado em agosto de 2011, que só foi cumprido, após forte
pressão do movimento, em maio de 2012, retroativo a março deste ano.
Para algumas classes, justamente onde
estÔ concentrado um grande número de docentes, hÔ redução de até 8% do
valor real da remuneração, como é o caso do professor mestre adjunto
4/DIV4 e do professor doutor associado 1/DV1, ambos em regime de
dedicação exclusiva (DE). A proposta apresenta apenas pequeno ganho real
para a classe de professor titular, topo da carreira, que hoje
representa menos de 10% da categoria.
Do Portal Correio
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