Estado afasta delegados e agentes pegos na Operação Squadre da Polícia Federal

29 dezembro
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Um novo capítulo da Operação Squadre, comandada pela Polícia Federal, foi divulgado neste sábado (29), com a publicação no Diário Oficial de decisão da Secretaria de Segurança e Defesa Social (Seds) da Paraíba de afastar das atividades nove servidores da Polícia Civil, apontados como integrantes de grupos de extermínio no Estado. Segundo determinação do juízo da 7ª Vara Criminal de João Pessoa, dois delegados, seis agentes e um motorista devem permanecer afastados por 180 dias.
Conforme a publicação no D.O. fica determinado o “afastamento cautelar das funções dos servidores por 180 dias, sem prejuízo de seus vencimentos, porém com suspensão de prerrogativas inerentes aos cargos”.
Os afastados foram: os delegados Edilson Araújo de Carvalho e Alberto Jorge Diniz e Silva; os agentes de investigação Cesar Batista Dias, Eduardo Jorge Ferreira do Egito, Esdras Almeida de Oliveira, José Rodrigues da Silva Júnior, Lúcio Flávio Almeida de Lima e Vitor Prado Freire; e o motorista Milton Luiz da Silva.
Operação Squadre
A Operação Squadre foi deflagrada na madrugada do dia 9 de novembro deste ano. Ela foi o resultado de um ano de investigações feitas pelo setor de inteligência da PF, com o apoio do MPPB e da Secretaria da Segurança. O objetivo do trabalho foi desarticular grupos milicianos acusados de praticar vários crimes na Paraíba, como tráfico e comércio ilegal de armas e munições, segurança privada armada clandestina, extorsão, corrupção, lavagem de dinheiro e extermínio de pessoas.
Ao todo, foram expedidos 75 mandados, sendo 35 de prisão preventiva, dez de prisão temporária e buscas, 11 de condução coercitiva de pessoas e 19 de busca e apreensão de documentos nas cidades de João Pessoa, Bayeux, Cabedelo, Santa Rita, Alhandra, Mari, Cajazeiras, na Paraíba; e em Recife e Petrolina, no estado de Pernambuco.
Os alvos das prisões foram policiais militares de várias patentes (incluindo major, capitão e sargento), policiais civis e delegados, agentes penitenciários e particulares que, de acordo com as investigações do MPPB e da PF, atuariam em três milícias interligadas pelo tráfico ilegal de armas e munições (sendo que alguns dos milicianos integravam os três grupos).
As provas obtidas no curso das investigações devem ajudar na elucidação de vários homicídios praticados por todo o estado da Paraíba. Ações de inteligência permitiram, inclusive, evitar execuções que seriam praticadas pelas milícias.
Por Redação
Portal Correio
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