Joaquim Barbosa é o homenageado no carnaval
Joaquim Barbosa, presidente do Supremo, é o grande homenageado no carnaval deste ano. No Brasil as máscaras são usadas “mais como elogio do que como protest.
O presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF), ministro Joaquim Barbosa, é o líder, disparado, na preferência
por máscaras fabricadas para o carnaval deste ano por uma tradicional
fábrica localizada em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de
Janeiro. Fundada em 1958 pelo artista plástico e professor de escultura
da Universidade de Barcelona, Armando Valles, a Condal produz em média
300 mil máscaras e 300 mil fantasias por ano.
Segundo informou à Agência Brasil a viúva de Valles, Olga Gibert
Huch, que comanda a empresa, foram produzidas 25 mil máscaras de Joaquim
Barbosa. O número só é inferior ao de máscaras do terrorista Osama Bin
Laden, com mais de 40 mil unidades confeccionadas de setembro de 2001,
quando ocorreu o atentado às Torres Gêmeas do World Trade Center, em
Nova York, Estados Unidos, até o carnaval do ano seguinte.
Neste ano, além de Joaquim Barbosa, há pedidos de máscaras da
presidenta Dilma (5 mil unidades) para todo o Brasil. O ex-ministro
chefe da Casa Civil, José Dirceu, também motivou um número significativo
de pedidos. Olga destacou que a procura costuma aumentar quando é ano
de eleição ou quando ocorre algo especial. Foi o caso do atentado
terrorista nos Estados Unidos, em setembro de 2001.
Ela observou que no Brasil as máscaras são usadas “mais como elogio
do que como protesto”. De modo geral, “dos políticos queridos”, a
fábrica faz entre 5 mil e 7 mil unidades. Segundo Olga, mesmo as
máscaras de parlamentares não muito conhecidos da população têm saída. A
disputa pela presidência do Senado motivou pedidos de máscaras do
senador Renan Calheiros, mas não houve tempo para atender aos pedidos.
Olga explicou que só a criação de um protótipo de máscara demora cerca
de uma semana. “Está muito em cima [do carnaval]”.
No primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, a fábrica vendeu
entre 20 mil e 25 mil máscaras dele, no carnaval de 2003. Depois da
eleição da presidenta Dilma Rousseff, foram vendidas 28 mil máscaras,
metade dela, metade do humorista Tiririca, o atual deputado Francisco
Everardo Oliveira Silva, que recebeu 1,3 milhão de votos na eleição de
2010.
Outro político que concentrou grande quantidade de pedidos de
máscaras foi o ex-presidente nacional do PTB, o deputado cassado Roberto
Jefferson, que em 2005 denunciou a prática de compra de votos na
Câmara, que ficou conhecida como mensalão.
Alana Gandra (Agência Brasil)
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