Transferir cérebro para robô e ser imortal?
Empresário russo quer transferir cérebro para robô e ser imortal
Um empresário russo criou “o androide
mais humano do mundo” como parte de um projeto que pretende criar um
avatar que eternizaria a vida humana. O robô será apresentado
oficialmente durante um congresso em junho, mas já há fotos do protótipo
no Facebook.
Dmitry
Itskov é o idealizador da Iniciativa 2045, projeto cujo objetivo é
desenvolver a interface cérebro-máquina para que o ser humano seja capaz
de controlar robôs – e até hologramas – à distância, somente com seus
sinais neurais.
Cientistas
de diversas origens compõem o grupo que trabalha nas pesquisas. Os
representantes da equipe, formada em 2011, já enviaram até uma carta
aberta ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pedindo apoio às
pesquisas.
As
tecnologias desenvolvidas pela iniciativa, segundo definição do próprio
grupo, têm como objetivo “a transferência da personalidade de um
indivíduo para um portador mais avançado não-biológico, e a extensão da
vida, incluindo a questão da imortalidade”.
Em outras palavras, a ideia do empresário é transferir seu cérebro para um androide e, através dele, viver para sempre.
O
robô que será apresentado em 15 de junho em Nova York é uma réplica
exata da cabeça de Itskov. Até 2020, segundo o cronograma do projeto, o
objetivo é fazer com que uma pessoa conecte seu cérebro a uma máquina e
possa controlar o robô remotamente. Isso seria útil para situações em
que é necessário agir com precisão, mas em que não é seguro ir
pessoalmente – conter um acidente em usina nuclear, por exemplo.
É
uma linha de pesquisa que lembra a do prestigiado neurocientista
brasileiro Miguel Nicolelis. Recentemente, a equipe de Nicolelis
conseguiu criar o “tato virtual” em macacos e conectou sinais cerebrais
de roedores em continentes diferentes. O trabalho do brasileiro, no
entanto, é mais voltado à recuperação de pessoas com restrições de
mobilidade e não tem a imortalidade como um objetivo.
G1
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