Sai nova pesquisa para presidente da República
A presidente Dilma Rousseff seria
reeleita no primeiro turno para a Presidência da República caso as
eleições de 2014 fossem hoje, segundo pesquisa divulgada pela CNT
(Confederação Nacional do Transporte) em conjunto com o instituto MDA
nesta terça-feira (11).
Nos dois cenários analisados pelos pesquisadores, a presidente teria mais de 50% das intenções de voto.
No primeiro cenário avaliado, a
presidente teria 52,8% das intenções de voto, contra 17% do senador
Aécio Neves (PSDB-MG); 12,5% da ex-senadora Marina Silva (Rede
Sustentabilidade) e 3,7% do governador Eduardo Campos (PSB-PE).
Na segunda simulação, em que figuram
apenas Marina e Aécio, Dilma lidera, com 54,2% das repostas dos
entrevistados, ante 18% de Aécio e 13,3% de Marina. Os entrevistados que
votam em branco somam 8,6% e os que não sabem ou não responderam
totalizaram 5,9%.
Em ambas as simulações, a diferença de
Dilma para o segundo colocado é de cerca de 35 pontos percentuais,
semelhante ao intervalo verificado pela pesquisa Datafolha divulgada no
último domingo. No entanto, ao contrário do Datafolha, que traz Marina
Silva na segunda posição, na pesquisa CNT/MDA Aécio Neves aparece em
segundo lugar.
Segundo a CNT, a pesquisa não contemplou
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva porque ele já declarou que
não sairá como candidato.
Apesar dos números favoráveis à atual
presidente, 73,1% dos entrevistados afirmaram que ainda não possuem
candidato para a eleição de 2014. Apenas 17,4% deles sabem em quem votar
no próximo pleito, enquanto 2% votariam branco ou nulo e 7,5% não sabem
ou não responderam.
“A presidente ganharia em todos os
cenários em primeiro turno. Mas se aproxima muito de um segundo turno à
medida que eles [demais candidatos] passam a ser mais conhecidos. Eles
vão crescendo nas intenções de voto, disse Clésio Andrade, presidente da
CNT, em entrevista após a divulgação dos dados.
A pesquisa também considerou uma
situação em que opinaram apenas os entrevistados que conhecem os
prováveis candidatos — 755 num universo de 2.010 pessoas. Nessa
situação, Dilma teria com 44,1%, Aécio 22,8%, Marina 14,2% e Eduardo
Campos 5,8%, o que levaria a disputa para o segundo turno. Ainda nesta
simulação, brancos e nulos somariam 8,9% e 4,2% dos entrevistados não
responderam ou não sabiam.
Sobre o grau de conhecimento dos
candidatos, a CNT/MDA verificou que Dilma foi reconhecida por 99,5% dos
entrevistados, seguida por Marina Silva (75,6%), Aécio Neves (72,6%) e
Eduardo Campos (45%).
Quando questionados sobre qual partido
político gostariam de ver na Presidência da República, 23,1% dos
entrevistados apontaram o PT, legenda da presidente, enquanto 5,1%
escolheram o PSDB, o maior partido de oposição ao governo federal, cujo
presidente é o senador Aécio Neves.
O PMDB, partido do vice-presidente
Michel Temer e maior sigla da base aliada, recebeu apoio de 2,5% dos
entrevistados, seguido pelo PSB, do governador de Pernambuco e
presidenciável Eduardo Campos, com 0,7%. Outros 41,7% não sabiam ou não
escolheram e 24% não apontaram nenhum partido.
Aprovação pessoal e do governo
– A 113ª Pesquisa CNT/MDA também avaliou os índices de popularidade do
governo e pessoal da presidente Dilma Rousseff. A presidente é aprovada
por 73,7% dos entrevistados, e seu governo, por 54,2%. Na última
pesquisa, de julho de 2012, Dilma teve aprovação pessoal de 75,7% e
aprovação de seu governo foi de 56,6%. A queda na aprovação pessoal de
Dilma está dentro da margem de erro, de 2,2 pontos percentuais.
A redução da aprovação da mandatária foi
noticiada no domingo por pesquisa do instituto Datafolha. No entanto,
como a periodicidade da pesquisa da CNT é diferente, não foi possível
detectar a tendência de queda mostrada pelo Datafolha.
Foram entrevistadas 2.010 pessoas em 134
municípios de 20 Estados entre os dias 1º e 5 de junho deste ano. Esta é
a segunda pesquisa da CNT em parceria com o instituto MDA — os
levantamentos anteriores foram feitos com os institutos Vox Populi (1º
ao 28º) e com o Sensus (29ª a 111ª). A pesquisa não tem periodicidade
definida — o último levantamento, feito entre os dias 18 e 26 de julho
de 2012, foi divulgado em agosto de 2012.
Pessimismo - A pesquisa
registrou um maior pessimismo dos brasileiros com relação às
expectativas para os próximos meses. Com relação à oferta de empregos,
39,6% dos entrevistados acham está melhor agora, ante 54,1% do ano
passado. Já 44,5% acham que ficará igual, ante 32,2% da avaliação
anterior, e 11,5% acreditam que poderá piorar frente 9,6%. Aqueles que
não sabem ou não responderam não se mantiveram no patamar de 4%.
A expectativa de aumento renda mensal
também caiu de 35,8% deste ano ante 49% do ano passado. Mas a maioria
(51,9%) acredita que deverá se manter igual – que é maior que a
avaliação anterior de 42,9%. Somam 8,5% os que disseram acreditar que a
renda vai diminuir, antes era 5,1%.
As ofertas de saúde e educação também
registraram baixa na perspectiva de melhora de 43,7% (em julho de 2012)
para 26,2% (em junho deste ano) e 47,2% (em julho de 2012) para 33,1%
(em junho deste ano), respectivamente.
A situação da segurança no país também
apresentou queda no otimismo: 29,1% dos entrevistados acham que vai
melhorar, frente 39,1% da pesquisa passada. Outros 41,1% acham que
ficaria igual (o índice era de 41,2%) e 27,3% acham que vai piorar ante
17,1% da avaliação anterior.
“Há uma queda em relação no otimismo em
relação ao emprego e à renda mensal. [Houve] também quedas nos índices
de saúde e segurança. Estes itens pesam. É um alerta ao governo, apesar
dos altos índices de popularidade da presidente”, destacou Clésio
Andrade.
Confiança - Entre as
instituições que inspiram maior confiança nos entrevistados, a Igreja
aparece em primeiro lugar, com 37,5%, seguida da Polícia Federal
(13,8%), do Supremo Tribunal Federal (8,2%), do Ministério Público
(7,8%), da Presidência da República (7,1%). Senado, com 0,7% de
confiança, e Câmara dos Deputados, com 0,6%, aparecem no final da lista.
Outros 18,7% dos entrevistados disseram não acreditar em nenhuma delas,
e 5,7% não sabem ou não responderam.
Os entrevistados também se dividiram
quando questionados sobre o impacto da inflação em sua renda: 36,7%
avaliaram que será alto; 36,6% acham que será moderado; 18,6% consideram
que será baixo e 8,1% não sabem ou não responderam.
Pesquisa anterior - Na
pesquisa anterior, o então cenário eleitoral mostrava que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria com 69,8% dos
votos caso a eleição se realizasse no dia que os entrevistados foram
questionados. Na sequência, estaria o senador Aécio Neves (PSDB-MG), com
11,9% das intenções de voto e o governador do Pernambuco, Eduardo
Campos (PSB) com 3,2%. A margem de erro era de 2,2 pontos porcentuais
para baixo ou para cima.
Em um segundo cenário, a CNT trocou Lula
pela presidente Dilma Rousseff, que venceria as eleições com 59% das
intenções de voto, seguida por Aécio com 14,8% e Eduardo Campos com 6,5%
das intenções de voto.
G1


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