Pesquisa aponta queda na popularidade de Dilma
Pesquisa aponta queda na popularidade de Dilma Rousseff após protestos. Os três adversários juntos pularam de 36% para 47%. Nessa hipótese, seria realizado um segundo turno entre a petista e Marina.
Depois de três semanas de manifestações
de rua em todo o país, a presidente Dilma Rousseff é a pré-candidata que
mais perdeu apoio na corrida pelo Planalto.
Sua taxa de intenção de votos cai
até 21 pontos percentuais. Embora ainda lidere a disputa de 2014, a
queda indica que hoje ela teria de enfrentar um segundo turno.
Para piorar a situação da
presidente, seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, se mostrou bem
mais resiliente à insatisfação geral dos eleitores com os políticos.
Além de ter perdido só dez pontos
percentuais, o petista ainda ganharia no primeiro turno a eleição hoje
em um dos cenários apresentados.
Há um crescente movimento dentro do PT que pede a volta de Lula em 2014.
O Datafolha foi à ruas na quinta e
na sexta-feira. Entrevistou 4.717 pessoas em 196 cidades. A margem de
erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O cenário hoje mais provável para a
sucessão inclui Dilma, Marina Silva (Rede), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo
Campos (PSB). Nessa simulação, a petista tinha 51% das intenções de
voto nos dias 6 e 7 deste mês. Agora, desceu para 30%. Esse é o mesmo
percentual da aprovação de seu governo, apurada no mesmo levantamento e
divulgada ontem pela Folha.
Nesse mesmo cenário, Marina Silva subiu de 16% para 23%. Aécio Neves foi de 14% para 17%. Campos oscilou de 6% para 7%.
Os três adversários juntos pularam de 36% para 47%. Nessa hipótese, seria realizado um segundo turno entre a petista e Marina.
Impressiona o aumento de eleitores
sem candidato –que dizem não saber quem escolher ou que afirmam votar em
branco, nulo ou nenhum. No início do mês, eram 12%. Agora, são 24%.
No outro cenário no qual Dilma
aparece como candidata é incluído também o presidente do Supremo
Tribunal Federal, Joaquim Barbosa –que tem negado intenção de disputar
eleições.
Nessa hipótese, a petista tem 29% e
há três nomes empatados em segundo lugar: Marina (18%), Aécio e Joaquim
(15% cada um). Campos pontua 5%.
Lula é testado em duas simulações.
Numa delas, vai a 45%. Nesse cenário, Marina, Joaquim, Aécio e Campos
somam juntos 43% e ficam empatados tecnicamente com o ex-presidente.
Haveria possibilidade de segundo turno.
Em outra cartela, quando o nome de
Joaquim não é incluído, Lula tem 46% contra 37% de Marina, Aécio e
Campos somados -aí o petista venceria no primeiro turno.
No geral, é possível dizer que os
votos perdidos por Dilma foram, em parte, herdados por Marina e Joaquim.
Um outro segmento de ex-dilmistas preferiu fazer um “pit stop” no grupo
dos que não têm candidato. Aécio e Campos não se beneficiaram da
desidratação de Dilma.
Outro indicador duro com a atual
presidente é na pesquisa espontânea, aquela na qual o entrevistado não é
confrontado com uma lista de nomes. A petista já havia caído de 35%
para 27% de março para o início de junho. Agora, bateu em 16%. Lula se
manteve estável, com 6%. Joaquim Barbosa, que nunca aparecia na pesquisa
espontânea, surge com 2%.
Há oscilações nas intenções de voto
quando se comparam as taxas do interior do país e de áreas urbanas.
Dilma vai melhor no interior.
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