Tubarões no Recife.
Após morte de garota no Recife, barco captura tubarões; 2 morrem e 1 é solto.
O
barco Sinuelo, que faz pesquisas e monitora tubarões na costa
pernambucana, retornou nesta quarta-feira (31) ao Recife, depois de
cinco dias no mar. Três animais foram capturados pelos pesquisadores –
dois deles da espécie tigre, uma das mais agressivas.
A
embarcação, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), atracou
em Brasília Teimosa, Zona Sul da capital, no início da tarde de hoje.
Foi a primeira expedição depois de sete meses de interrupção das
pesquisas. Os tubarões da espécie tigre foram capturados na Praia do
Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, Litoral Sul do estado. Os animais têm
1,1 e 1,5 metro de comprimento. O tubarão-lixa, mais comum e menos
agressivo, foi capturado na Praia de Boa Viagem, também na Zona Sul, e
solto logo depois. Ele tem mais de dois metros e já era conhecido dos
pesquisadores.
"Infelizmente nós temos uma taxa de mortalidade que
fica em torno de 15%, e esses dois animais se incluem nessa taxa de
mortalidade, pois eles infelizmente não sobreviveram. Já o tubarão-lixa
era um animal que nós já tínhamos marcado, confirmando que a espécie é
inofensiva e sobrevive neste local”, disse o pesquisador Fábio Hazin, da
UFRPE.
De acordo com os pesquisadores, a média de captura tem
sido de 12 tubarões da espécie tigre por ano. O objetivo era
capturá-los, colocar três marcações e depois soltá-los a 30 quilômetros
da costa. Mas como os animais morreram durante a expedição, eles agora
vão virar material de estudo em laboratório. Uma nova expedição está
marcada para a próxima sexta (2). “É um trabalho de rotina. Todas as
semanas nós saímos, até o próximo ano, que é o período previsto na
vigência do atual convênio”, explicou Hazin.
Na manhã desta quarta
(31), na Praia de Boa Viagem, no mesmo trecho em que a turista Bruna
Gobbi foi atacada por um tubarão na semana passada, alguns banhistas não
se importam com riscos. “Se o banhista, com segurança, tomar banho, não
tem nenhum problema. A água na altura do umbigo é sinal de perigo, e a
gente aconselha que os banhistas estejam em áreas seguras, protegidas
pelos arrecifes”, explicou o soldado do Corpo de Bombeiros Jaime da
Fonte Neto.
G1
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