Senado aprova reajuste do mínimo para aposentados e pensionistas

09 julho

Novas regras podem causar rombo de R$ 11 bilhões em quatro anos.
Texto segue para o Palácio do Planalto e Dilma pode vetar.

O governo sofreu ontem uma derrota no Senado, que estendeu pra aposentados e pensionistas os reajustes anuais do mínimo.
Segundo as contas do governo, se mantidas, essas novas regras vão produzir um rombo de R$ 11 bilhões em quatro anos.
Elas valem pra todos aposentados e pensionistas que ganham mais que um salário mínimo.
Depois de muita discussão, os senadores aprovaram a medida provisória que mantêm as regras de reajuste do salário mínimo para os próximos quatro anos.

A correção do salário mínimo fica do mesmo jeito que vem acontecendo nos últimos anos.
Para fazer o cálculo é preciso pegar o INPC, que mede a inflação  do ano anterior e somar com o crescimento do PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, de dois anos anteriores.

O problema para o governo é que dentro dessa medida os parlamentares incluíram também os aposentados e pensionistas que ganham mais de um salário. O benefício deles passa a ser reajustado igual ao mínimo, e não mais somente com a inflação, como é feito hoje.
Para a oposição, essa medida precisava ser feita para proteger os aposentados. “Precisa ser revista essa política, no sentido a fazer com que o governo direcione mais verba para a previdência e não gaste na sua estrutura: manutenção de ministério e custeio”, declara Ronaldo Caiado (DEM-GO), líder do partido.
Mas para o governo, significa que os gastos vão subir. A estimativa é que a medida custe R$ 11 bilhões nos próximos quatro anos. O texto segue para o Palácio do Planalto. A presidente Dilma pode vetar este ponto dos aposentados.
Para o líder do governo no senado, foi uma irresponsabilidade. “Isso aí quebra o país. E nós temos que ter a responsabilidade pra garantir, inclusive, a previdência, o futuro a aposentadoria das pessoas que vão trabalhar a vida inteira pra ter uma vida digna no final”, comenta o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado.
Jornal Hoje

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