Enfermeira atravessa rio andando para vacinar idosa na PB

09 março

Profssional relatou que prestou assistĂȘncia como gostaria que alguĂ©m prestasse para ela.

Enfermeira atravessa rio andando para vacinar idosa, no SertĂŁo da ParaĂ­ba — Foto: TV ParaĂ­ba/reprodução

Uma enfermeira atravessou um rio andando para vacinar uma idosa contra Covid-19 em uma casa na zona rural de São José de Espinhadas, Sertão paraibano.

Na Ășltima quinta-feira (4) a equipe de imunização do municĂ­pio vacinou em domicĂ­lio todos os idosos de 80 a 89 anos, com comorbidades, da zona rural. Ao todo eram 24 idosos nessa condição. Esta idosa, em especĂ­fico, ficou por Ășltimo por causa do acesso atĂ© a casa dela, que era difĂ­cil.

Além de ter que atravessar o rio, a enfermeira contou que também precisou que uma pessoa a pegasse de moto do outro lado da travessia, para conseguir chegar até a casa que faltava.

“NĂŁo dava para atravessar de carro para ir vacinar essa idosa e sĂł faltava ela. O carro ficou me esperando, eu atravessei a pĂ© e eu pedi a uma pessoa amiga da senhora para me pegar de moto do outro lado do rio para eu poder vacinar a senhora”, explicou.

Mayane Brito contou que foi uma grande satisfação poder fazer isso por uma pessoa que precisava, mas que não tinha condiçÔes de atravessar o rio para ser vacinada.

“Eu tive uma satisfação imensa de vacinar essa senhora do outro lado do rio. É trabalhar, prestar uma assistĂȘncia da mesma forma que a gente gostaria de ser prestada para a gente”, contou.

Ela disse que quando voltou para casa, ficou refletindo no quanto gostaria que alguém tivesse feito o mesmo se fosse com a mãe dela.

“Quando eu cheguei em casa nesse mesmo dia, me vi pensando que se fosse minha mĂŁe – que infelizmente nĂŁo estĂĄ aqui mais hoje comigo, pois vai fazer cinco meses que ela faleceu – eu gostaria que um profissional de saĂșde atravessasse o rio para vacinar ela tambĂ©m”, relatou.

Mayane ainda falou da felicidade de ver seu trabalho sendo reconhecido neste momento de atuação na linha de frente do combate Ă  pandemia que, para ela, representa um momento de medo e angĂșstia.

“Fiquei muito feliz em ver o trabalho da enfermagem sendo reconhecido, aliĂĄs do profissional de saĂșde em geral, uma vez que fazemos parte da linha de frente, e muitas vezes sentimos medos, angĂșstias, mas honramos com excelĂȘncia a profissional que amamos e que escolhemos”, mencionou.

Do ManchetePB
com G1 ParaĂ­ba

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