Luto na TV: ator Tarcísio Meira morre vítima de Covid-19, aos 85 anos

13 agosto

Um dos grandes galãs de todos os tempos, Tarcísio Meira, que morreu nesta quinta-feira, dia 12, aos 12, aos 85 anos, é dono de uma história que se mistura à da TV brasileira. Ao lado da mulher, Glória Menezes, foi protagonista da primeira telenovela diária do país, “2-5499 — Ocupado”, na Excelsior, em 1963. Em 1968, o casal inaugurou a faixa das oito da Globo com “Sangue e areia”. Ao longo da carreira, atuou em mais de 60 trabalhos, entre novelas, minisséries e especiais. Seu último trabalho na TV Globo foi a novela “Orgulho e paixão”.

Tarcísio Magalhães Sobrinho nasceu no dia 5 de outubro de 1935, em São Paulo. O sobrenome Meira veio “emprestado” da mãe, Maria do Rosário Meira Jáio de Magalhães, por ser mais sonoro artisticamente e por trezes letras, uma superstição do jovem na época. Seu primeiro sonho profissional foi ingressar no Instituto Rio Branco para se tornar diplomata. Ao ser reprovado na primeira prova, em 1957, desistiu da ideia e acabou investindo definitivamente na carreira de ator.

Amor, teatro e TV

No mesmo ano em que não passou na prova do Instituto Rio Branco, Tarcísio estrelou peças como “Chá e simpatia”, de Robert Anderson, e “Quando as paredes falam”, de Ferencz Molnar. Em 1959, dividiu o palco com Sérgio Cardoso em “Soldado Tanaka”, de George Kaiser. Em 1960, ainda no teatro, o jovem de 25 anos e 1,85m viu Glória pela primeira vez.

— Estava ensaiando a peça “As feiticeiras de Salém”, dirigida por Antunes Filho, e, de repente, passou aquela coisinha linda. Eu falei: “O que é isso?” Um tempo depois, fomos chamados para fazer um teleteatro, “Uma Pires Camargo” (1961) e ficamos amigos — relembrou o ator, em entrevista ao GLOBO, em 2015, sobre a história de amor que se confunde com a da carreira. — Quando ela lançou o filme “O pagador de promessas” (1962) em Cannes, mandei flores e um cartão escrito “volte, volte, volte”.

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