Dois meses após ser atacado por pitbulls, triatleta consegue ficar em pé e andar

 

Após 2 meses, triatleta que foi atacado por pitbulls anda pela 1ª vez em Ribeirão Preto, SP — Foto: Arquivo pessoal/Thiago Ferranti Belloube

Dois meses após ser atacado na perna e no pé por pitbulls durante um treino na zona rural de Leme, o triatleta Tiago Ferranti Belloube, de 41 anos, já consegue ficar em pé, andar e fazer exercícios na academia durante a recuperação em Ribeirão Preto/SP, onde mora.

Embora ainda tenha que usar bota cirúrgica e bengala, Belloube comemora poder fazer pequenas coisas do dia a dia, como ir ao banheiro para escovar os dentes, ir à cozinha e caminhar pelo prédio em que vive com a esposa.

“Eu estou mais autônomo, já consigo fazer meu prato de comida, consigo sair do quarto para cozinha. No meu prédio tem academia, então com muito cuidado eu consigo ir lá fazer uns exercícios. As coisas básicas eu consigo fazer, como escovar os dentes, que antes era minha esposa quem trazia a escova para mim na cama.”

Apesar de não sentir dor, a recuperação do triatleta tem sido delicada. Antes de poder ficar em pé novamente, ele precisou ficar deitado e com o pé para cima a todo instante.

A posição era para impedir que o sangue descesse no local e ocorresse uma vascularização, quando os vasos sanguíneos ficam mais dilatados.

Com o tratamento avançando, o Belloube não esconde a saudade e a vontade de retomar as atividades esportivas com a mesma intensidade que antes.

“Eu sinto muitas saudades de correr, de nadar, de pedalar, mas em breve eu estarei pedalando, não em um nível de competição, mas pelo menos para dar aula de mountain bike para minhas alunas, eu acho que é tranquilo”, disse.

No dia 27 de março, por volta das 9h30 enquanto treinava corrida em uma estrada rural de Leme, Belloube foi atacado por ao menos cinco cães da raça pitbull que estavam soltos no local.

Segundo o triatleta, ele tentou lutar contra os animais e, ao mesmo tempo, pedia ajuda aos motoristas que passavam. Um homem até tentou prestar socorro, mas não conseguiu sair do carro devido à agressividade dos cães. Thiago levou mais de 50 mordidas dos cães.

Na sequência, ele foi socorrido por outro motorista que estacionou a caminhonete no local e conseguiu resgatá-lo.

Após o ataque, um boletim de ocorrência foi registrado. O dono dos animais já foi identificado e pode responder por lesão corporal culposa, quando não há intenção, e por omissão de cautela na guarda de animais.

Desde o ataque, o triatleta passou por três cirurgias. Uma delas foi a de reconstrução do tendão calcanhar, o ‘tendão de Aquiles’, como é conhecido popularmente, porque uma das feridas não cicatrizou. Na quinta-feira (26) ele começou a fazer fisioterapia.

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