Morre a 240ª vítima do incêndio na Boate Kiss
Morre em Porto Alegre a 240ª vítima do incêndio na Boate Kiss
O jovem Pedro Falcão Pinheiro, vítima do incêndio na boate Kiss, em
Santa Maria, morreu na manhã deste sábado no Hospital Cristo Redentor,
em Porto Alegre, onde estava internado desde o dia 27 de janeiro. A
informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da instituição.
Pedro, 25 anos, é a 240ª pessoa a morrer em decorrência da tragédia.
O hospital ainda não informou a causa da morte. O óbito
foi registrado às 11h20. Pedro estava internado na Unidade de Tratamento
Intensivo (UTI) desde o dia do incêndio. Duas pessoas permanecem
internadas no complexo do Hospital Cristo Redentor, sendo tratadas
devido às queimaduras e inalação de gases tóxicos.
Incêndio na Boate Kiss
Na madrugada do dia 27 de janeiro, um incêndio deixou mais de 230 mortos em Santa Maria (RS). O fogo na Boate Kiss começou por volta das 2h30, quando um integrante da banda que fazia show na festa universitária lançou um artefato pirotécnico, que atingiu a espuma altamente inflamável do teto da boate.
Na madrugada do dia 27 de janeiro, um incêndio deixou mais de 230 mortos em Santa Maria (RS). O fogo na Boate Kiss começou por volta das 2h30, quando um integrante da banda que fazia show na festa universitária lançou um artefato pirotécnico, que atingiu a espuma altamente inflamável do teto da boate.
Com apenas uma porta de entrada e saída disponível, os
jovens tiveram dificuldade para deixar o local. Muitos foram pisoteados.
A maioria dos mortos foi asfixiada pela fumaça tóxica, contendo
cianeto, liberada pela queima da espuma.
Os mortos foram velados no Centro Desportivo Municipal, e
a prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias. A presidente
Dilma Rousseff interrompeu uma viagem oficial que fazia ao Chile e foi
até a cidade, onde prestou solidariedade aos parentes dos mortos.
Os feridos graves foram divididos em hospitais de Santa
Maria e da região metropolitana de Porto Alegre, para onde foram levados
com apoio de helicópteros da FAB (Força Aérea Brasileira). O Ministério
da Saúde, com apoio dos governos estadual e municipais, criou uma
grande operação de atendimento às vítimas.
Quatro pessoas foram presas temporariamente - dois
sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr, conhecido como Kiko, e
Mauro Hoffmann, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira,
Luciano Augusto Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos. Enquanto a
Polícia Civil investiga documentos e alvarás, a prefeitura e o Corpo de
Bombeiros divergem sobre a responsabilidade de fiscalização da casa
noturna.
A tragédia fez com que várias cidades do País
realizassem varreduras em boates contra falhas de segurança, e vários
estabelecimentos foram fechados. Mais de 20 municípios do Rio Grande do
Sul cancelaram a programação de Carnaval devido ao incêndio.
No dia 25 de fevereiro, foi criada a Associação dos Pais
e Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia da Boate Kiss em
Santa Maria. A intenção é oferecer amparo psicológico a todas as
famílias, lutar por ações de fiscalização e mudança de leis, acompanhar o
inquérito policial e não deixar a tragédia cair no esquecimento.
Terra
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