Espermatozoide de 50 milhões de anos é encontrado na Antártica
Espermatozóide pertence a família que inclui minhocas e sanguessugas; descoberta foi feita por acaso.
Especialistas descobriram um
espermatozoide animal de 50 milhões de anos, o mais antigo já encontrado. A
descoberta foi num casulo na Antártica.
O espermatozoide
pertence a uma família que inclui minhocas e sanguessugas, segundo os
pesquisadores do Museu Sueco de História Nacional.
Acredita-se que a
descoberta, divulgada na publicação Biology Letters, seja 10 milhões de anos
mais velha que o registro anterior.
Cientistas dizem que
o esperma fóssil Clitellata é muito parecido com o esperma de vermes de
lagostas, que se alimentam de matérias encontradas na parte externa do corpo do
animal.
"Pode parecer
que (a amostra) esteja preservada em detalhes perfeitos mas, no final, a
estrutura em si está fossilizada", disse o paleontologista Benjamin
Bomfleur, da equipe que fez a descoberta.
"Temos a forma
exterior e a forma das células do espermatozoide preservadas. Podemos até ter
uma formação anatômica interna das células do espermatozoide ainda preservada,
mas não temos certeza sobre isso ainda."
"Mas, mesmo se
a anatomia estiver preservada, o material que o compõe está alterado, então não
é o material orgânico original que compõe o esperma passado dos animais."
A descoberta foi
feita por acaso por Stephen McLoughlin, que integra a equipe de Bomfleur,
enquanto ele analisava amostras de rochas da Antártica.
Segundo Bomfleur,
ambos já haviam estudado casulos fossilizados e sabiam que eles poderiam conter
micro-organismos.
"Analisamos os
casulos com cuidado e os analisamos através de diferentes métodos microscópicos
para ver se há alguma coisa dentro", diz. "Mas foi uma surpresa
encontrar esperma."
A equipe quer,
agora, analisar mais exames de casulos antigos, na perspectiva de que
descobertas semelhantes podem ser feitas.
"Acreditamos
que levantamentos de casulos antigos podem abrir uma janela única para a
história evolutiva de uma gama de micro-organismos invertebrados que não têm
registro fóssil", diz o artigo.
G1
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